segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

DA FAMA À BAJULAÇÃO TARTUTA E O OSTRACISMO



Uma carreira profissional se constrói com vocação, determinação, auto-aprendizado (no caso em pauta), dedicação, confiança no seu talento e personalidade, fazendo sempre o melhor com a melhor competência que possa ter. Assim é em praticamente todas as profissões. Mas no jornalismo, em especial, é um pouco diferente, pois tem-se como matéria-prima, em geral, as pessoas e no crônica social lida-se, fundamentalmente. com a vaidade das pessoas que se projetam socialmente, por bom trabalho realizado ou o dos nem tanto. E esse espaço, tanto nos jornais, revistas como nas TVs, é essencial à satisfação dos vaidosos, ainda que tal os leva à fama ou os tornem celebridades por alguns minutos ou com uma simples foto em uma única coluna social. O que já é bastante para poucos ou muitos: a vaidade.

Porém, nesse espaço, digamos, nobre dos jornais, revistas ou TVs, estão infiltrados pessoas com perfis os mais diferentes, desde pessoas de senso verdadeiramente benemerentes até estelionatários, corruptos e praticantes dos mais variados tipos de ilícitos. E como a high society é formada por gente que pouco ou nada de importância dão à forma como as pessoas enriqueceram e chegaram a escalar os degraus para se interpor entre os ditos da high society, a segregação, levando-se em conta as dezenas ou centenas de pessoas que fazem benemerência de fato e são solidárias na prática por espontaneidade, é ainda mais injusta. E aqueles ocupam um espaço que, se observado de forma fria e analisado com imparcialidade, veremos que é um espaço discriminatório, segregador, incoerente na realidade e no mérito.

E Xico Júnior, pseudônimo que carrega desde o dia 20 de agosto de 1966, percebeu isso ao longo de sua carreira profissional de mais de 44 anos. No seio dessa pseuda e segregadora classe do socialités ele constatou haverem pessoas que se utilizam desde a hipocrisia ao mau caratismo e do oportunismo barato. Essas últimas designações mais afeitas aos que podemos classificar de "alpinistas sociais", formados pelo que se infiltram como gente generosa e solidária, porém por detrás escondem com tal desfaçatez os seus verdadeiros propósitos, que é o de alcançar um posto de destaque e, assim, estarem mais protegidos quando do estouro de algum escândalo. E Xico Júnior assistiu grandes escândalos ao ponto de porem à falência nada menos do que dois clubes sociais: o Grêmio Esportivo Niterói, cujas dependências foram arrematadas em leilão promovido pela Justiça do Trabalho para as indenizações de funcionários. Um dos estratagemas pré-preprados com o intuito de os dirigentes ganhares dinheiro. O segundo e escandaloso caso, cujo, pela importância, não teve a esperada ressonância, pois houve um abafa-abafa, foi o Canoas Country Clube, cujo protagonista, além de se auto-locupletar após quatro anos como presidente, deixou o "clube verde e prata" endividado, à época, em cerca de US$ 100 mil, sem jamais fazer qualquer prestação de contas. Na Justiça, o presidente subsequente, mesmo sabedor de que o presidente que provocou o "rombo" de US$ 100 mil, já havia sido condenado por estelionato (Art. 171 do CPB), ao dar um golpe de mais de US$ 1.000.000,00 e, assim, construído uma mansão no Jardim do Lago, cuja, hoje, está embargada pela Justiça.
Assim, através desses estratagemas e com a cumplicidade de gente das tradicionais famílias, de empresários da indústria e do comércio, que formam a segregadora classe dos frequentadores e formadores da high society, se forjam uma boa parcela dos e das socialités.
Portanto, é um grande engano as pessoas pensarem que a high society é um verdadeiro mundo cor-de-rosa.

CRONISTA SOCIAL: O BOBO DA CORTE

Por mais que a grande maioria pense o contrário, que a vida na "high society" é tudo um mar de rosas ...

2 comentários:

  1. Parabéns,retratas esplendidamente tua jornada profissional em lindos versos!

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  2. Obirgado! Como sempre muito incentivadora e gentil.

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