sábado, 19 de janeiro de 2013

UM JORNALISTA DE VOCAÇÃO, UMA CARREIRA SINGULAR

Neste vídeo estão os momentos e registros marcantes da vida 
profissional do jornalista e cronista social Frandisco Antonio 
Pagot (Xico Júnior). Todas as músicas de fundo desse vídeo são 
de cantores e cantoras que eu entrevistei  ao longo da minha 
carreira de jornalista e com total exclusividade. 
Assim, a homenagem a esses ídolos da MPB.

Biografia / Bibliografia
Francisco Antonio Pagot, conhecido como jornalista pelo pseudônimo de Xico Júnior, nasceu no dia 30 de junho de 1944, na cidade de Garibaldi (a Capital do Champagne) no morro logo abaixo da morada da Famiglia Peterlongo (os donos do "champagne", hoje frisante). Aprendeu as primeiras letras e a ler com sua mãe que era professora e em 1952, já morando em Canoas, fez o primeiro ano primário com a professora Ely Machado, na Grupo Escolar André Leão Puente. No ano seguinte, ainda em Canoas, passou a estudar no então Externato São Luiz, depois batizado de Colégio São José e hoje o Colégio La Salle, onde permaneceu até 1958, quando repetiu a primeira série ginasial e onde, também, leu seus primeiros livros. Nesse tempo sequer aguçara o interesse pela literatura. Lia por obrigação como tarefa escolar. Fez dois anos no Colégio Estadual Marechal Rondo, quando repetiu a segunda série ginasial. Prestou exames de seleção para a Escola Agrícola Porto Alegre, em exames de seleção na ACM - Associação Cristã de Moços, em Porto Alegre, aprovado foi estudar no GAPA, que à época funcionava em regime de internato e fazia um ano que havia deixado de ser "patronato", quando vigia um regime mais duro e severo, e lá conclui o curso de Mestre Agrícola, em 1963. A partir de 1964 cursou o Técnico em Contabilidade no Colégio Comercial Canoas, graduando-se no ano de 1966. Terminara, assim, o ensino médio com um curso profissionalizante, que era o que seus pais desejavam. Iniciou no jornalismo e na crônica social numa seta-feira 13 de agosto de 1966, assinando, inicialmente com o próprio nome de batismo, Francisco Antonio e, a partir de 20 de agosto passou a adotar o pseudônimo de Xico Júnior: hoje um nome e uma referência no jornalismo citadino. Como diz Jorge Arno Philipp: "Xico Júnior é a lenda viva do jornalismo canoense", enquanto Jorge Spindola atribui ao jornalista Xico Júnior como "A Memória Glamourosa de Canoas". referindo-se, naturalmente, aos 38 anos de crônica social exercida, ininterruptamente, por Xico Júnior. 

E foi a partir de um convite que recebeu em 1966, quando ainda cursava o Técnico em Contabilidade, que acabou descobrindo a sua vocação pelo jornalismo, o que o levou a fazer a Faculdade de Comunicação Social na Unisinos, quando ainda era conferido o diploma equivalente a três categorias: jornalismo, rádio e televisão e turismo. Inicialmente, como experimento, se propôs a fazer crônica social, divulgando as programações dos clubes sociais, essa uma forma primeira para poder entrar pela porta da frente e sem pagar, e gradualmente foi descobrindo que era o que realmente queria como profissão: o jornalismo.

Os primeiros fragmentos, que se tornou o seu livro de estréia "Desatando o Nó da Gravata", de produção independente, foi publicado em 1996, por incentivo e estímulo do jornalista, à época seu funcionário no mensário Gazeta de La Stampa, Eduardo Jablonski.

Mas não se poderia deixar de registrar a sua maior e, talvez, a mais recompensadora contribuição para a sociedade: o seu trabalho como jornalista e cronista social e, anos depois, como proprietário, diretor e editor da Gazeta de La Stampa, que circulou por 20 anos ininterruptos, chegando, nos anos 90  até os primeiros anos da era 2000 a ser o jornal mais prestigiado e de maior circulação da cidade de Canoas, com uma tiragem inicial de 6.000 exemplares e, passando depois, para 5.000 exemplares. Ultrapassando todos os obstáculos da profissão, exerce a crônica social com entusiasmo, mantendo o compromisso com os que frequentavam a "high society", de despertar uma visão crítica e transformadora, de contribuir para que sejam agentes construtores de uma sociedade mais justa e que valorize a nossa cultura. E, finalmente, deparamo-nos com o proprietário, diretor e editor, quando desenvolveu o projeto mais arrojado, ou seja um jornal com uma arquitetura gráfica fora da normalidade da época - tanto que haviam leitores que diziam que "é uma revista com cara de jornal" e outros o inverso "é um jornal com cara de revista", e assim acabou por formar escola (seguidores), o que só veio ampliar e dar novos ares de confiabilidade ao cenário jornalístico canoense, já que o jornal que tivera maior prestígio e leitores estava em plena decadência e descrédito. Assim, Francisco Antonio Pagot, ou Xico Júnior, resgatou a credibilidade do jornalismo citadino e descobriu novos valores profissionais nas mais diferentes áreas, além de trazer de Porto Alegre jornalistas de renome. 

FORMAÇÃO ACADÊMICA
– Mestre Agrícola, formado pelo GAPA, em Porto Alegre, em 1963.
- Técnico em Contabilidade, formado pelo Colégio Comercial Canoas em 1966.
- Curso de Vendas, promovido pelo MEC - Ministério da Educação e Cultura e realizado em 1970, nas dependências do Estádio beira-Rio, em Porto Alegre.
- Curso de Radialista, o que lhe conferiu o direito ao registro de Locutor, Apresentador e Animador, feito em 1984.
- Jornalismo, pela Unisinos, em 1971.

TRABALHOS PUBLICADOS
1) - Desatando o Nó da Gravata - 21 de outubro de 1996 *(edição esgotada);
2) - Locomotivas - Um Tributo à Mulher - 13 de agosto de 2001 - (72% da edição vendida);
3) - Ecco! La Storia Degli Italiani - 17 de agosto de 2002 - (edição esgotada);
4) - Ícones do Século 20 - 16 de dezembro de 2003 - (edição esgotada em menos de um mês);
5) - Almanaque Canoas 2009 - 04 de julho de 2009;
6) - PAGOT - La Storia Della Famiglia - 11 de outubro de 2009, em Bento Gonçalves (80% edição vendida);
7) - Jovens Anos, Belos Dias - 14 de junho de 2012.

COMO ESCRITOR FOI PIONEIRO NA MODALIDADE DE LANÇAMENTO DE LIVRO NO BRASIL

Fato até então jamais feito por qualquer escritor canoense, gaúcho ou brasileiro, foi a modalidade com que Francisco Antonio Pagot (Xico Júnior) lançou o seu sétimo livro "JOVENS ANOS, BELOS DIAS", por ocasião da 10ª Feira do Livro de Niterói, em Canoas-RS, com lançamento e sessão de autógrafos realizado no dia 20 de outubro de 2012, quando exibiu, através de projeção de dois vídeos em grande telão, antes da sua palestra, o livro da forma como foi publicado com suas 232 páginas, além de outro vídeo com 62 lâminas somente com fotos e ilustrações, precisamente legendadas, contidas no livro. E ambos devidamente sonorizados com músicas da época que serve de tema ao livro. Tal feito mereceu dos organizadores do evento literário, em particular do presidente da ABNIT, professor Valdir Dall´Agnol, e do público presente os melhores e mais entusiastas elogios.
Aqui a coleção de livros de Francisco Antonio Pagot, profissional e social-
mente conhecido  pelo pseudônimo de Xico Júnior: os sete que aparecem no 
alto já publicados, à direita concluídos e no prelo, enquanto que os demais 
em fase de conclusão..

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Bi-Campeões do II Panamericano de 1956: Seleção Brasileira formada só por jogadores gaúchos

Vídeo feito exclusivamente para homenagear a Seleção Brasileira de Futebol, formada unicamente com jogadores de clube do Rio Grande do Sul, e que conquistou uma da mais expressivas façanha pró futebol brasileiro, mas que a imprensa do Rio e São Paulo até hoje pouco valorizam ou reconhece tão importante feito. E aqui a justiça!

JUNHO DE 1958 - Há 53 anos atrás, e me lembro como se hoje, a Seleção Brasileira de Futebol formada só por jogadores de clubes do Rio Grande do Sul e sob a batuta do técnico Francisco Duarte Júnior (O Teté) conseguiu, até então, a maior façanha pró futebol brasileiro: a conquista do título de Bi-campeão do II Panamericano do México. A recepção no Aeroporto Salgado Filho e pelas ruas de Porto Alegre foi algo indescritível, enquanto todos os jogadores portavam na cabeça, como se um troféu, o famoso "sombrero mexicano".

Do grupo de 23 jogadores apenas cinco não pertenciam a dupla Gre-Nal: o goleiro Valdir de Moraes e Ênio Andrade, do Grêmio Esportivo Renner; o ponteiro esquerdo Raul Klein e o Paulinho (o terceiro goleiro na preferência de Teté), que jogavam pelo Esporte Clube Floriano, de Novo Hamburgo e Duarte, do Esporte Clube Pelotas. Do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense foram 8 jogadores, sendo que somente três participaram dos jogos: o goleiro Sérgio Moacir Torres Nunes, Sarará, Aírton, Ênio Rodrigues, (capitão), Mílton, Juarez, Figueiró e Ortunho. Da equipe do Sport Clube Internacional, clube que teve o maior número de jogadores convocados, foram 9 atletas e foi a base da Seleção, tendo 7 dos seus craques integrando praticamente todos os jogos disputados: Florindo, Hercílio, Oreco, Odorico, Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Chinezinho, além do técnico José Francisco Duarte Júnior (o Teté).

O time base tinha como jogadores: os goleiros Sérgio (G) e Valdir (R) se revesando; Florindo (I) e Odorico(I) ; Oreco (I), Ênio Rodrigues (G) e Duarte (P). No ataque, com exceção de Enio Andrade (R) e do revesamento entre Chinezinho (I) e Raul Klein (F) na ponta-esquerda, os demais, que foramavam a ala direita e centro do ataque, eram todos do Internacional: Luizinho, Bodinho e Larry.

Para saber mais detalhes, vamos acompanhar a matéria publicada no "Almanaque Esportivo de 1957":

"Depois de uma série de marchas e contra-marchas, nas quais não faltou a ridícula apresentação de alguns elementos sem nenhum valor dos estados do Norte e de Minas Gerais para a formação do selecionado brasileiro, o que deveria ir para o México defender o título de campeão do certame panamericano conquistado pelo Brasil no Chile, resolveu a CBD (Confederação Brasileira de Desportos), por volta do início de janeiro, entregar a FRGF (Federação Rio Grandense de Futebol) a responsabilidade da representação brasileira no aludido certame, a qual seria formada exclusivamente por elementos que militassem nos clubes gaúchos.

Para a incumbência foi escolhido o técnico do S. C. Internacional, de Porto Alegre, José Francisco Duarte Júnior (Teté), o qual dei início a sua tarefa a 5 de janeiro convocando nada menos do que 45 jogadores das diversas agremiações da Divisão de Honra do futebol porto-alegrense e pelotense. Feitos os ensaios durante os meses de janeiro e fevereiro, e selecionados os que deveriam vestir a camiseta da CBD, embarcaram para o México a 17 de fevereiro os seguintes jogadores: Sérgio, Sarará, Florindo, Aírton, Oreco, Ênio Andrade, Milton, Luizinho, Juarez, Hercílio, Duarte, Raul, Valdir, Bodinho, Jerônimo, Figueiró, Chinezinho, Odorico, Larry, Paulinho, Ênio Rodrigues e Ortunho. Foi então iniciada a gloriosa jornada que nos levaria a conquista do laurel d Bi-Campeões do Continente, graças a fibra e "garra" dos gaúchos sempre prontos para tudo quando se tratava de defender o bom nome esportivo do Brasil ..."

A final foi contra a Argentina - empate em 2 x 2 - e a consagração do time de Teté, campeão invicto do II Paneameriocano do México, em 1956. Na volta ao Brasil os jogadores foram visitados pelo vice-presidente da República, o gaúcho João Belchior Goulart (o Jango), no Rio de Janeiro; e foram ao Palácio do Catete, então sede do governo federal, no Rio de Janeiro, para entregar, simbolicamente, o Troféu Jarrito de Ouro ao presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Mais tarde o Jarrito de Ouro foi roubado da sede da CBF - Confederação Brasileira de Futebol, junto com a Copa Jules Rimet. Além de medalhas de ouro outorgadas aos jogadores brasileiros campeões, o time ganhou outros prêmios, mas, e principalmente, o Brasil descobriu que poderia contar com o S. C. Internacional para qualquer parada. Tal foi confirmado, além dos muitos jogadores que serviram a Seleção Brasileira ao longo das décadas, a conquista da Tríplice Coroa, único clube brasileiro a ostentar tal façanha até hoje, como também foi o único clube que se tornou campeão brasileiro INVICTO, ao consquitar, em 1979, o Tri-Campeonato Brasileiro de Futebol, a Libertadores da América e o título mundial de clubes, pela FIFA, em 2006.

Classificação Geral do Campeonato Pan-Americano de 1956
POSeleçãoPJVEDGMGSSaldo
● Brasil954101459
● Argentina75230954
● Costa Rica552121115-4
● Peru4512267-1
● México4512246-2
● Chile15014511-6

Ficha dos Atletas que Participaram da Partida
Q
Nome do Atleta
Apelido
Jogos
Gols
01
Valdir Joaquim de Moraes
Valdir Joaquim de Moraes
2
3
02
Flávio Pinho
 Florindo II
5
0
03
Luiz Gonzaga Figueiró
 Figueiró
4
0
04
Odorico de Araújo Goulart
 Odorico
5
0
05
Waldemar Rodrigues Martins
Oreco
5
0
06
Ênio Antônio Rodrigues da Silva
Ênio Rodrigues
4
0
07
Luiz José Marques
 Luizinho Gaúcho
5
1
08
Nílton Coelho da Costa
 Bodinho
5
3
09
Larry Pinto de Faria
Larry
8
8
10
Ênio Vargas de Andrade
 Ênio Andrade
5
1
11
Sidney Colonia Cunha
Chinesinho
3
4
12
José Antônio Candiota da Silva Duarte
 Duarte
5
0
TC
José Francisco Duarte Júnior
TETÉ
5 Jogos


DETALHE: O goleador do II Panemericano realizado no México, em 1956, foi o centro-avante do Sport Club Internacional, LARRY PINTO DE FARIAS que, em oito jogos, marcou 8 gols.
SELEÇÃO BRASILEIRA DE 1956, formada só por jogadores do Rio Grande
do Sul, que foi campeã do II PAN-AMERICANO no México: Em pé: Valdir
de Moraes, Oreco, Florindo, Odorico, Ênio Rodrigues e Duarte. Agachados:
Luizinho, Bodinho, Larry, Ênio Andrade e Chinezinho. No quadro o técnico
Teté, que comandou o "Rolinho Compressor" do Inter nos anos 50 e 60.
Contatos via e-mail: la-stampa@ig.com.br